sexta-feira, 28 de agosto de 2009

bizarro partir

bizarro partir
dá saudades de ficar
saudades de um outro eu que ficaria
que perderei pra sempre em mim
e já
por antencipação
saudades de lá
na hora de voltar
como alguém que ainda desconheço

hasta luego

último fim de semana em são paulo. mas não é despedida não. só até loguinho. e antes de ir ainda quero assistir duas estreias: Anticristo e Os Normais 2, e dois filmes já em cartaz que até agora não vi: Bruno e Arrasteme para o Inferno. Vai ser uma delicia de fim de semana, com essa cinematografia tão diversa hahaha e a melhor companhia de todas.

já estou com minisaudades. Não sei com que frequência vou conseguir atualizar o blog, mas espero manter alguma. de qualquer forma, dei uma olhada nele hoje e fiquei orgulhoso. ele me estimulou a soltar os dedos bastante esse ano.

e agora o marfim cariado vai ter um blog irmão. sim, para quem não entendeu ainda, vou morar em cuba, estou indo terça-feira. então um outro blog - este sim espero que seja bastante atualizado - falará das experiências por lá, da vida em cuba e bastante de cinema. o blog chama-se Cuba na Cam e o endereço é este http://gvinagre.zip.net/ Leiam, comentem, e tudo o menos. Já postei algumas coisas dos preparativos.

Bjuuusss, te vejo no mar do Caribe.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

eu mesmo em outro alguém

eu ajudando sempreeu no blog do meu mestre

Olha eu aih de novo genteeeee. Dessa vez, estava numa empreitada humanitária em Serra Leoa. Meu "tio" escreveu isso sobre mim em seu blog (clique na foto ao lado e leia). O post inteiro do meu "tio", vcs checam aqui.

ontem

Eba, adorei o lançamento ontem, obrigado a todos que foram. Obrigado ao Vicente - organizador da antologia - sem ele a Letras seria menos, bem menos.


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ávida espingarda

Domingo, dia 23/8, a partir das 17 no Ícone Espaço Cultural vamos lançar os três volumes da coleção Feito nas Letras.

Hása/cina/fome, de Luis Venegas; Os Tempos da Diligência, de Antonio Vicente Seraphim Pietroforte (idealizador); e Ávida Espingarda, coletânea de oito alunos da Letras/USP (eu, por exemplo).

Compareçam, ávidos leitores. hehe.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Artur

Desenhei-te sem naturalidade,

Artur, minha sina é não aturar

o teu olhar, se não for no papel...

Em tua boca cravei a assinatura.

Minha natureza é assassinar

com meu traço tua torpe-natura

e em tua boca escrever minha sina,

esfumaço em grafite o teu pesar...

Artur, atura minha assinatura,

ah, o que há de ti em ti desnatura,

é essa sina assassina assinar:

................................ assassinatura!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Gustavo Vinagre reforça equipe comercial da 3Com no Nordeste



em um outra dimensão, aconteceu isso, a outro eu, parecido com esse, mas não tão quase exatamente

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

especial de fim de ano

tá, desculpem se sou insistente nesse assunto, mas essa é a referência da minha vida. imagine um fim de ano em que não houvesse retrospectiva, show da xuxa, casseta e planeta de natal, ou o bom e velho roberto carlos usando a mesma roupa, da mesma cor, com as mesmas canções e mesmo cabelo. e ao invés disso tudo, houvesse algo assim:


impossível né? mas não custa imaginar...

I remeber you


Nada mais brega e gay do que colocar a letra de uma música traduzida. Mas sim, fiz uma tradução livre, bem livre, de I remeber you, música por que estou apaixonado no momento. Sorte ter ganhado esse álbum de raras da Bjork. A canção é quente, romântica, triste, e Bjork usa muito bem seus graves e agudos, como sempre. Segue a tradução, acho que ficou fofinha. Tentei favorecer a rima com acentuação grave (você, mercê, glacê) para manter a gravidade do "you" da bjork, no inglês, entre outros detalhezinhos. hehe


me recordo você
deixei meus sonhos a sua mercê
há poucos beijos atrás

me recordo você
que disse "não vou te esquecer
por nada, jamais"

também me recordo
um sino distante
estrelas cintilantes
como chuva de glacê

quando a vida esvaecer
e os anjos indagarem
que me relembre
a emoção do sempre

certa, direi a eles, que recordo você

moscow


Eduardo Coutinho consegue levar além o brilhantismo de "Jogo de Cena" em "Moscou". Novamente, o enfoque é no trabalho do ator. O diretor acompanha o grupo Galpão na montagem de "Três Irmãs", de Tchékhov. Mais uma vez a brincadeira é não entender os limites entre arte e realidade, atuação e emoção verdadeira, memória e verdade, etc. Somado a isso, vem a grande metáfora para o trabalho do ator, que é a própria peça de Tchékov, um tratado sobre o tempo, a finitude, a repetição, a mesmice. Dessa forma, Coutinho mostra um lado árduo da vida do ator - nada glamouroso, repetitivo ao extremo e ainda assim irresistível.

Além disso, você tem a chance de ver o ótimo Grupo Galpão na tela grande.

O filme é isso, e muito, muito, muito mais. Não se dê ao luxo de perder.

olá

Uma pena estar há tanto tempo sem postar. Me entristece, mas minha cabeça não anda muito focada. Bem, mas vou tentar voltar a manter um nivel... hehe

Tentei escolher algum poema recente para colocar aqui e nada. Tô com ciúme deles, e vão ficar guardados, pelo menos, um tempo. Por isso, vou reproduzir um poema meu da Antologia Ávida Espingarda, que agora já tem data de lançamento, dia 23/08 - tbm será a última chance de me verem antes de ir para Cuba. Conto mais detalhes em breve.

Go - linguagem, em japonês

Quando de fogo-tentáculos as

palavras se esticarem (em vão)

(ou não) e tudo for dito, linguagem

o que por dizer faltará? Se suas

chinesas muralhas erguer-se-ão

ideogramáticas ou não, folhagens

frondosas floridas e anti-escassas

depois de já ter dito ex-caças de

jeit`outros, que faltará cassar?

Quando a nomear não houver mais coisas

e o tudo virar o nada inaudito-

inaudigo, o que, o que direis?

Dirás do nada como os esquimós

e suas dezenas de branco de

neve e o nada aos poucos de nu

ances, tal qual um ancestral, que aprende

a falar, revestir-se-á, com os

novos vocábulos recém-formados

que designam o tudo que saiu

do nada, que é o tudo esgotado-

dito, que é o nada nomeado-repleto.