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aparecer é uma luta, parede.
o peixe, na rede, pula; surra.
a voz, substrato último na geologia da rua, fina.
a criança cala quando o pai ralha.
a parede cai.
a surra desmantela a rede.
a rua ainda é, de madrugada.
o pai morre do coração.
não sem luta.
não sem surra.
não sem noite.
não sem morte.
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2 comentários:
Belíssimo, é o que eu mais gosto
Cara, parabéns pelo blog, poemas e o curta (que é ótimo). Muito obrigado pela entrevista.
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