Eduardo Coutinho consegue levar além o brilhantismo de "Jogo de Cena" em "Moscou". Novamente, o enfoque é no trabalho do ator. O diretor acompanha o grupo Galpão na montagem de "Três Irmãs", de Tchékhov. Mais uma vez a brincadeira é não entender os limites entre arte e realidade, atuação e emoção verdadeira, memória e verdade, etc. Somado a isso, vem a grande metáfora para o trabalho do ator, que é a própria peça de Tchékov, um tratado sobre o tempo, a finitude, a repetição, a mesmice. Dessa forma, Coutinho mostra um lado árduo da vida do ator - nada glamouroso, repetitivo ao extremo e ainda assim irresistível.
Além disso, você tem a chance de ver o ótimo Grupo Galpão na tela grande.
O filme é isso, e muito, muito, muito mais. Não se dê ao luxo de perder.
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