segunda-feira, 10 de agosto de 2009

olá

Uma pena estar há tanto tempo sem postar. Me entristece, mas minha cabeça não anda muito focada. Bem, mas vou tentar voltar a manter um nivel... hehe

Tentei escolher algum poema recente para colocar aqui e nada. Tô com ciúme deles, e vão ficar guardados, pelo menos, um tempo. Por isso, vou reproduzir um poema meu da Antologia Ávida Espingarda, que agora já tem data de lançamento, dia 23/08 - tbm será a última chance de me verem antes de ir para Cuba. Conto mais detalhes em breve.

Go - linguagem, em japonês

Quando de fogo-tentáculos as

palavras se esticarem (em vão)

(ou não) e tudo for dito, linguagem

o que por dizer faltará? Se suas

chinesas muralhas erguer-se-ão

ideogramáticas ou não, folhagens

frondosas floridas e anti-escassas

depois de já ter dito ex-caças de

jeit`outros, que faltará cassar?

Quando a nomear não houver mais coisas

e o tudo virar o nada inaudito-

inaudigo, o que, o que direis?

Dirás do nada como os esquimós

e suas dezenas de branco de

neve e o nada aos poucos de nu

ances, tal qual um ancestral, que aprende

a falar, revestir-se-á, com os

novos vocábulos recém-formados

que designam o tudo que saiu

do nada, que é o tudo esgotado-

dito, que é o nada nomeado-repleto.

3 comentários:

Ana Cristina Joaquim disse...

que bom que voltou, que bom!

Anônimo disse...

o poema-aperitivo deixa-nos com água na boca...vai-se o homem (por um tempo breve?!) ficam-nos as palavras, dessa vez sem o brilho da monitor (oxalá) mas com o contraste fosco das folhas de papel, vício dos ávidos dedos.

Sergio K. disse...

Inenarrável, como são bons seus poemas, e o prazer que sinto quando os leio! Não para, não para, não para!